História da Educação
Até ao SÉC. XIX
- Período romano
- Período medieval
- Período renascentista
- Período moderno
Período romano
- Sêneca
- Quintiliano
Na escola romana, a par do que se observava na sociedade da época, a educação valorizava a formação moral e física dos indivíduos. Os romanos reconheciam que um guerreiro deveria ser forte e idolatrado por todos e, por isso, era fundamental trabalhar e desenvolver o corpo em todos os aspetos (físico, mental e espiritual).
O espírito prático, caraterístico da cultura romana, levou a que as escolas se organizassem segundo graus e possuíssem instrumentos didáticos específicos (manuais).
Foram contemplados 3 graus: 1. Escolas elementares (primazia de aprendizagens básicas, como o cálculo e/ou leitura, ainda hoje abordadas no 1ºciclo); 2. Escolas secundárias ou gramaticais (predominância da exploração e aquisição de conhecimentos de outras culturas); 3. Escolas de retórica (abordagem política, forense e filosófica).
Dos autores que brotaram da época, salientamos Sêneca e Quintiliano focando o seu contributo para a modificação/evolução na educação.
Sêneca (4a.c- 65d.c)
Via na filosofia um modelo de orientação para o bem-estar. Os princípios pedagógicos romanos iniciaram-se a partir da compreensão da educação como preparação para o homem no ideal estóico, portanto, o domínio dos apetites pessoais, enfatizando a formação moral e minimizando a importância à retórica, e preservando a individualidade através da psicologia.
Aplicação prática:
A formação do indivíduo através da educação não se traduz na simples cultivação de informações e conteúdos teóricos. Vai mais além do desenvolvimento de conhecimentos concretos: explora, incute e desenvolve a cultura e aspetos sociais desejáveis. Torna o aluno como sábio de saberes ideológicos, axiológicos, éticos, morais, sociais, etc., preparando-o para intervir e interagir eficazmente na sociedade, tendo em conta os seus interesses, os seus ideais, os seus valores e os seus objetivos pessoais. Há, portanto, uma preocupação em formar o homem no seu ideal estóico, servindo os seus interesses e necessidades específicas.
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Quintiliano (35-95)
Preferiu os aspetos técnicos da educação, sobretudo da formação do orador. Valorizou também a psicologia como instrumento para conhecer a individualidade do aluno, sem se limitar a discussões teóricas, mas procurou fazer observações técnicas às indicações práticas.
Como método pedagógico sugeriu o ensino simultâneo da leitura e da escrita, criticando as formas vigentes, por dificultar a aprendizagem. Recomendou alternar trabalho e recreação para que a atividade escolar fosse menos árdua e mais proveitosa. Quintiliano considerava importante que a criança aprendesse em grupo, porque isso favoreceria a competição entre elas, de natureza altamente saudável e estimulante, como a prática dos exercícios físicos, realizada sem exageros.
Incentivou o uso da clareza, da correção, da elegância e dos clássicos como Homero e Virgílio no estudo de gramática, reconhecendo os aspectos estéticos, espirituais e éticos.
Aplicação prática:
No ensino atual privilegia-se a individualidade do aluno, dada a grande heterogeneidade presente nas escolas, e consequentes divergências na aprendizagem.
A escola é tida, muitas vezes, como um local de trabalho que exige empenho, dedicação e esforço e, por isso, pode ser entendida como um labor duro e árduo, dificultando a aprendizagem. Para desmistificar tal facto e proporcionar um maior sucesso na aprendizagem dos alunos, cabe ao professor adotar metodologias de ensino dinâmicas e motivadoras que incentivem e entusiasmem os alunos para as atividades, conduzindo-os à aprendizagem.
No caso específico da educação física, com o desenvolvimento de atividades de caráter coletivo, esta estimula a socialização entre os praticantes e promove aprendizagens dinâmicas através do exercício físico e da competição na turma, favorecendo a ideia da escola como recreação e, tal como defende Quintiliano, a ideia de escola como trabalho menos árduo e mais proveitoso. Além disso, a educação física é a única disciplina que promove o desenvolvimento holístico do individuo, isto é, como um todo, quer ao nível físico e motor, psicológico/mental e social e cultural, ou nas palavras do filósofo romano, a nível estético, espiritual e ético.
Período medieval
- Carlos Magno
- Tomás de Aquino
Neste período aparecem as escolas paroquiais, escolas monásticas e episcopais, a escola platina e as escolas catedrais.
Nas escolas paroquiais o ensino era ministrado por sacerdotes encarregados de uma paróquia e estes, limitavam-se à formação de eclesiásticos. O ensino reduz-se aos salmos, às lições das Escrituras, seguindo uma educação estritamente cristã.
As escolas monásticas visam, inicialmente, apenas a formação de futuros monges. O programa de ensino inicial, muito elementar - aprender a ler, escrever, conhecer a bíblia, canto e um pouco de aritmética - vai-se enriquecendo de forma a incluir o ensino do latim, gramática, retórica e dialética.
No caso das escolas episcopais, estas visam principalmente a formação do clero secular (parte do clero que tinha contato directo com a comunidade) e também de leigos instruídos que assim eram preparados para defender a doutrina da Igreja na vida civil.
Na escola platina surgiram os decretos capitulares para a organização das escolas e organização dos respectivos programas. Estes incluíam as sete artes liberais, repartidas no trivium e no quadrivium. O trivium abraçava as disciplinas formais: gramática, retórica, dialéctica, esta última desenvolvendo-se, mais tarde, na filosofia; o quadrivium abraçava as disciplinas reais: aritmética, geometria, astronomia, música, e, mais tarde, a medicina. Para cada matéria existiam determinadas obras fundamentais: o estudo da gramática é feito pelos manuais de Donato e Prisciano; o da retórica tinha por base fundamentalmente Cícero complementado pela leitura de alguns poetas antigos, como Virgílio ou Ovídio; Aristóteles é o autor fundamental para a lógica. O programa incluía ainda a leitura da Bíblia acompanhada dos comentários dos Padres, particularmente de Gregório Magno.
Ofereceu-lhes, ainda, uma educação militar e cortesã, à qual, desde cedo, a Igreja procurou também imprimir uma orientação religiosa e doutrinal.
Nas escolas catedrais, o ensino deixa o campo e instala-se definitivamente nas cidades. As Escolas Catedrais (escolas urbanas), saídas das antigas escolas episcopais (que alargaram o âmbito dos seus estudos), tomaram a dianteira em relação às escolas dos mosteiros.
Carlos Magno (747-814)
Foi o primeiro imperador do sacro Império Romano e durante os seus 46 anos de reinado promoveu grande desenvolvimento cultural e empreendeu mais de 50 guerras, para expandir o cristianismo e impor sua hegemonia no ocidente. Criou uma grande e recheada biblioteca e procurou ampliar a cultura do clero, fomentando o estudo intensivo do latim nas escolas dos mosteiros e das catedrais.
Carlos Magno patrocinou o movimento de pesquisas filológicas nos mosteiros e abadias do império, que se tornaram grandes centros de cultura. Para isso, cercou-se de eruditos religiosos estrangeiros que difundiram um ensino voltado às tradições da latinidade cristã.
Reforma na educação
No final do século VIII Carlos Magno conseguira reunir grande parte da Europa sob seu domínio. Para unificar e fortalecer o seu império, decidiu executar uma reforma na educação. Após se ter cruzado com Alcuíno em 781, Carlos Magno convidou o monge inglês para o ajudar no desenvolvimento da sua ideia de reforma escolar.
Alcuíno de Iorque elaborou um projeto de desenvolvimento escolar, em que os programas de estudo eram baseados nas sete artes liberais: o trivium, ou ensino literário (gramática, retórica e dialética) e o quadrivium, ou ensino científico (aritmética, geometria, astronomia e música). Mediante o domínio das assim chamadas sete belas-artes, o homem seria capaz de produzir obras e ideias com poder de elevar o espírito humano para além dos interesses puramente materiais, rumo a um entendimento racional e livre da verdade.
Aplicação prática:
Atendendo à ideia de uma educação baseada nas sete artes liberais, na era de Carlos Magno, e procurando uma aplicabilidade prática no ensino da atualidade, a educação deve ser um processo que forneça ao individuo ferramentas para que este desenvolva a sua capacidade de raciocínio, possibilitando um entendimento pensante da realidade e uma transcendência do espírito humano para além dos interesses puramente materiais.
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Tomás de Aquino (1225-1274)
Foi um padre dominicano, filósofo e teólogo, e ensina, durante anos, em várias cidades italianas. Em Nápoles, reestrutura o ensino superior. Conhecer, para Tomás de Aquino, não é lembrar-se, como pretendia Platão, mas extrair, por meio do intelecto agente, a forma universal que se acha contida nos objetos sensíveis e particulares.
Do conhecimento depende o apetite, ou o desejo, inclinação da alma pelo bem. O homem, segundo Tomás de Aquino, só pode desejar o que conhece, razão pela qual há duas espécies de apetites ou desejos: os sensíveis e os intelectuais. Os primeiros, relativos aos objetos sensíveis, produzem as paixões, cuja raiz é o amor. Quanto aos segundos, produzem a vontade, apetite da alma em relação a um bem que lhe é apresentado pela inteligência como tal.
A obra de Tomás de Aquino é imensa, destacando-se todavia as Sumulas. Nestas e outra obras deu corpo à visão cristã do mundo que foi ensinada nas universidades até aos meados do século XVII, e nas quais se incluíam as ideias científicas de Aristóteles. Para além de Aristóteles, tomou como fonte inspiração os trabalhos de Santo Agostinho, Avicena, Averróis e dos neoplatónicos.
Com a sua teoria do conhecimento, que “convoca” a vontade e a iniciativa de cada um na direção do aperfeiçoamento, São Tomás de Aquino legou à educação sobretudo a ideia de autodisciplina. Embora a obra de Tomás de Aquino apontasse para o auto aprendizado, a ideia não foi abraçada pelas rígidas hierarquias da Igreja Católica.
Aplicação prática:
O pensamento de Tomás de Aquino, ao “convocar” a vontade e a iniciativa de cada um na direção do aperfeiçoamento e atribuir à educação a ideia de autoaprendizagem, pode ser entendido atualmente como a importância de um ensino centrado no aluno, sendo este um construtor ativo da sua própria aprendizagem (O raciocínio é fundamental no processo de aprendizagem)
Período renascentista
- François Rebelais
- Michael Montaigne
O Renascimento começou em Itália, no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa durante os séculos XV e XVI. Foi um período da história europeia marcado por uma renovação de interesses pelo passado greco-romano clássico, especialmente pela sua arte. O movimento renascentista elegia a razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria alcançado, privilegiando a matemática e as ciências da natureza.
Os humanistas eram homens letrados profissionais, normalmente provenientes da burguesia ou do clero que, por meio de suas obras, exerceram grande influência sobre toda a sociedade; rejeitavam os valores e a maneira de ser da Idade Média e foram responsáveis por conduzir modificações nos métodos de ensino, desenvolvendo a análise e a crítica na investigação científica.
Dos filósofos humanistas que contribuíram para a evolução da educação, a nível das transformações culturais, sociais, políticas, religiosas e económicas, destacamos François Rebelais e Michel Montaigne.
François Rebelais (1493-1553)
Para o escritor francês, um homem útil, sábio e virtuoso, só nasce tendo por base uma educação que, entre outras coisas, harmonize a educação corporal de forma competente. Valoriza a higiene, a alimentação e o exercício físico, sendo que a aquisição do conhecimento literário não é suficiente para educar e formar o homem inteiramente.
Aplicação prática:
Tendo por base a vasta literatura existente nos dias de hoje, é-nos fácil compreender que o desenvolvimento e formação do homem não devem ser unicamente na base dos conhecimentos teóricos, mas também a nível da educação corporal. Se para Rebelais, um homem útil, sábio e virtuoso tem que desenvolver a sua higiene, ter um boa alimentação e praticar exercício físico, a área de educação física é uma boa opção para incrementar esses hábitos. Neste sentido, nas aulas de educação física promove-se exercício físico, apela-se a uma alimentação equilibrada e a uma higiene cuidada, educando o indivíduo para a aquisição de hábitos de vida saudável.
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Michael Montaigne (1533-1592)
Para Montaigne, a verdadeira formação residia em saber procurar, duvidar, investigar e exercitar o que é inteiramente próprio de cada pessoa. Defende ainda que as crianças não devem ser educadas perto dos pais porque a sua afeição torna os filhos “demasiadamente relaxados” e isso não os prepara para a “aventura da vida”.
O objetivo principal da educação seria permitir à criança a formulação de julgamentos próprios sem ter que aceitar acriticamente as leituras que a escola recomenda. A receita ideal para treinar a capacidade de análise é acostumar-se a considerar opiniões diferentes e acima de tudo conhecer culturas e experiências diversas daquelas a que o aluno se familiarizou. É o que Montaigne descreve como “atritar e polir o nosso cérebro contra o de outros”.
O filósofo revelava-se contra a cobrança de memorização mecânica dos conteúdos ensinados aos alunos. Segundo ele, as crianças devem aprender desde cedo a filosofia, entrando assim em contacto com a necessidade de conhecer a prudência e a moderação e, ainda, com a necessidade de se conhecerem a si mesmos por meio da introspecção.
Aplicação prática:
Com o início da escola de massas, a educação da criança foi afastada da família, sendo essencialmente dominada pela escola. Mas a principal preocupação da escola atual é o aluno na sua individualidade, reconhecendo que este deve ser autónomo na pesquisa e construção do seu conhecimento. O aluno deve procurar, duvidar, investigar, refletir e exercitar, procurando compreender o como, o porquê e o para quê das coisas, desenvolvendo os seus conhecimentos e a sua cultura pessoal.
Na educação física existem modelos de ensino que colocam o indivíduo perante situações-problema, exigindo a procura autónoma de soluções para cada situação.
Período moderno
- Johann H. Pestalozzi
- Friedrich Froebel
A Idade Moderna é um período específico da História do Ocidente. Destaca-se das demais por ter sido um período de transição por excelência.
Este período surge no século XVII, momento em que se dá a separação entre a igreja católica e o estado. É durante este tempo que se dá a consolidação da classe social, a burguesia.
Nesta época, duas instituições educativas em particular sofreram uma profunda redefinição e reorganização na Modernidade: a família e a escola, as quais se tornaram cada vez mais centrais na experiência formativa dos indivíduos e na própria reprodução da sociedade. As duas instituições chegaram a cobrir todo o arco da infância – adolescência, como “locais” destinados à formação das jovens gerações.
A família contribuía para valorizar a criança e a conformá-la para um ideal. Os pais já não assumiam apenas o papel de meros progenitores, mas sim o de ajudar os seus descendentes na construção da sua vida.
Quanto à escola, esta era uma instituição que instruía, formava e ensinava as crianças. No entanto, nesta época a escola marcou-se por ser a própria reorganizadora das suas finalidades e dos seus meios específicos, passando a ensinar a todos segundo processos de adultos. Com a instituição do colégio (no século XVI), deu-se o início de um processo de reorganização disciplinar da escola e de racionalização e controle de ensino, o qual tinha no centro a disciplina, o internato e as “classes de idade”, além da graduação do ensino/aprendizagem. Também é nesta época que se dá a descoberta da disciplina. Enfim, a escola ritualizava o momento do exame, atribuindo-lhe o papel crucial no trabalho escolar.
Desta época da história enfatizamos Pestalozzi e Froebel, destacando o seu contributo na escola e na educação atual.
Johann H. Pestalozzi (1746-1827)
Foi um pedagogo suíço e educador pioneiro da reforma educacional.
O séc. XVII e XIX e os acontecimentos que marcaram esta época configuram o âmbito histórico, dentro do qual surgiu a inteligência e a criatividade pedagógica de João Henrique Pestalozzi, influenciado pelo pedagogo Rousseau.
Pestalozzi idealizou formas para libertar o povo, para que a educação chegasse a todos. Passou grande parte da sua vida a ajudar os oprimidos e a conviver com eles. Criou asilos para crianças pobres e desfavorecidas, nos quais favorecia a educação do povo. O seu interesse era melhorar as suas qualidades de vida.
Pestalozzi preocupava-se com a necessidade de desenvolver as faculdades físicas e psicológicas, as quais são a base da educação primária moderna. Considerava o ensino como condição para a ativação das capacidades “aprende-se a fazer” e a “conhecer, fazendo!” A sua ambição era que o educador fosse como um segundo pai. A escola deveria ser uma continuidade da tarefa educativa do lar, uma vez que a família é o ponto de partida para a educação.
Principais ideias da pedagogia de Pestalozzi (disponível em https://www.coladaweb.com/pedagogia/pestalozzi).
1ª Ideia da educação humana baseada na natureza espiritual e física da criança;
2ª Ideia da educação como desenvolvimento interno, formação espontânea, embora necessitada de direcção;
3ª Ideia da educação baseada nas circunstâncias em que se encontra o homem;
4ª Ideia da educação social e da escola popular, contra a anterior conceção individualista da educação;
5ª Ideia da educação profissional, subordinada à educação geral;
6ª Ideia da educação religiosa íntima, não – confessional.
Aplicação prática:
Nos dias de hoje pouco resta sobre a perspetiva intelectual deste pedagogo.
Os seus ideais “não representam hoje em dia mais do que um interesse de ordem histórica, referentes à finalidade e processos educacionais (cit, por Chateau, J., 1956)”.
Pestalozzi, tal como a educação/ ensino da sociedade contemporânea, pretendia que o ensino chegasse a todos e com igualdade de oportunidades a nível individual, para que todos aprendessem, evoluíssem e desenvolvessem o máximo das suas características e potencialidades. A sua escola era organizada, flexível e as tarefas eram distribuídas durante o dia, tal como o sistema educativo português, que se desenvolve segundo um conjunto organizado de estruturas e ações diversificadas.
Em suma, muitos dos itens referentes à escola atual identificam-se com a escola pestalozziana.
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Friedrich Froebel (1782-1852)
Friedrich Froebel, pedagogo alemão, foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas. As suas ideias reformularam a educação, e a essência de sua pedagogia são as ideias de atividade e liberdade. Froebel viveu em uma época de mudança de concepções sobre as crianças e esteve à frente desse processo na área pedagógica como fundador dos jardins-de-infância, destinado aos menores de 8 anos. As técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil devem muito a Froebel. Para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem, considerando que o desenho e as atividades que envolvem o movimento e os ritmos muito importantes. Estas não são apenas diversão, mas sim um modo de criar representações do mundo concreto, com a finalidade de entendê-lo. Com base na observação das atividades das crianças com jogos e brinquedos, Froebel foi um dos primeiros pedagogos a falar em auto-educação, um conceito que só se difundiria no início do século XX.
Em 1826, publicou o seu livro mais importante “A Educação do Homem (1826)”. As ideias de Froebel sobre a educação infantil foram adotas por outros pensadores, tais como Maria Montessori, Celestin Freinet e John Dewey.
Aplicação prática:
Atualmente, o campo das relações humanas é muito enfatizado e estudado, visto que o homem é entendido como uma unidade quando se considera em si mesmo, mas mantém uma relação com o todo quando se associa a outros homens para atingir certos objetivos. As ideologias de Frobel assentam nesta perspetiva, uma vez que considera o ser humano como uma ser dinâmico e produtivo, e não meramente receptivo. Tais ideologias contribuíram para a Pedagogia moderna. O homem é uma força auto-geradora e não uma esponja que absorve conhecimento do exterior. Deve aprender a trabalhar e a produzir, manifestando a sua atividade em obras exteriores.
Outro acerto de Froebel, e que teve um grande contributo nas aplicações práticas da atualidade, foi o de não esquecer as diferentes etapas que marcam a evolução do homem, especialmente a infância. O facto de Froebel considerar que, para a criança se conhecer, o primeiro passo seria chamar a atenção para os membros do seu próprio corpo, para depois chegar aos movimentos das partes do corpo, apresenta um grande contributo para a educação física.
Netgrafia
- Carlos Magno. Consult in 17 de Novembro de 2011, disponível em https://educacao.uol.com.br/biografias/carlos-magno.jhtm
- Carlos Magno. Consult in 17 de Novembro de 2011, disponível em https://biografias.netsaber.com.br/ver_biografia_c_3433.html
- Friedrich Froebel. Consult in 16 de Novembro de 2011, disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Fr%C3%B6bel
- Friedrich Froebel. Consult in 16 de Novembro de 2011, disponível em https://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/formador-criancas-pequenas-422947.shtml
- Friedrich Froebel. Consult in 16 de Novembro de 2011, disponível em https://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/friedrich-froebel-307910.shtml.
- História da educação – Período Moderno. Consult in 17 de Novembro de 2011, disponível em https://www.pedagogia.com.br/historia/moderno.php.
- Johann Heinrich Pestalozzi. Consult in 17 de Novembro de 2011, disponível em https://www.wikipedia.pt
- O Recomeço Medieval. Consult in 17 de Novembro de 2011, disponível em https://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/medieval/index.htm
- O renascimento carolíngio. Consult in 17 de Novembro de 2011, disponível em https://pt.shvoong.com/humanities/history/505937-renascimento-carol%C3%ADngio/#ixzz1dDw48yjh
- Pedagogia de Tómas de Aquino. Consult in 17 de Novembro de 2011, disponível em https://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/tomas-aquino-307636.shtml
- Pestalozzi. Consult in 17 de Novembro de 2011, disponível em https://www.coladaweb.com/pedagogia/pestalozzi).
- Tómas de Aquino. Consult in 17 de Novembro de 2011, disponível em https://educacao.uol.com.br/biografias/tomas-de-aquino.jhtm
- S. Tómas de Aquino. Consult in 17 de Novembro de 2011, disponível em https://afilosofia.no.sapo.pt/10aquino.htm