História da Educação
Um autor clássico que se salientou no âmbito da psicologia da educação foi
Sócrates
(469 a.C. – 399 a.C.)
Os detalhes da vida de Sócrates derivam de três fontes contemporâneas: os diálogos de Platão, as peças de Aristófanes e os diálogos de Xenofonte.
Sócrates nada ensinava, apenas ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas opiniões próprias e limpas de falsos valores, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro, de acordo com a consciência. Até mesmo na atividade de aprender uma disciplina qualquer, o professor nada mais pode fazer que orientar e esclarecer dúvidas, como o lapidador tira o excesso de entulho do diamante, não fazendo o próprio diamante. O processo de aprender é um processo interno, e tanto mais eficaz quanto maior for o interesse de aprender. Só o conhecimento que vem de dentro é capaz de revelar o verdadeiro discernimento.
A influência imediata do ensino de Sócrates sobre a educação foi dupla. Em relação ao conteúdo constitui uma exaltação, sem precedentes, do conhecimento. Isto coincidiu com idêntica influência dos sofistas, que proclamam dar conhecimento exigido pelas novas condições da época. Mas, justamente porque o conhecimento, para Sócrates, continha uma inevitável projecção moral, encerrava, também uma concepção muito mais ampla do que o conhecimento dos filósofos primitivos, do que a informação dos sofistas é mesmo do que a concepção moderna do conhecimento. Tal distinção, porém, era dificilmente percebida pelo povo em geral.
Contributo de Sócrates para a educação
- O conhecimento possui um valor prático ou moral, isto é, um valor funcional, e consequentemente é de natureza universal e não individualista;
- O processo objectivo para obter-se conhecimento é o de conservação; o sub-objectivo é de reflexão e da organização da própria experiência;
- A educação tem por objectivo imediato o desenvolvimento da capacidade de pensar, não apenas ministrar conhecimentos.
(Disponível em https://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/socrates/metodosocratico.htm#Aplicação 1)
Um autor contemporâneo que se salientou no âmbito da psicologia da educação foi
Vygostky
(1986 – 1934)
Este autor era um pensador, sendo pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre a partir da socialização e das condições de vida. Defende que o ser humano é histórico-social.
O seu interesse era o de entender a relação pensamento/linguagem e suas implicações no processo de desenvolvimento intelectual (disponível em https://afolena.vilabol.uol.com.br/vigotsky.htm).
As obras de Vygotsky incluem alguns conceitos que se tornaram incontornáveis na área do desenvolvimento da aprendizagem. Um dos conceitos mais importantes é o de Zona de desenvolvimento proximal, que se relaciona com a diferença entre o que a criança consegue realizar sozinha e aquilo que, embora não consiga realizar sozinha, é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma pessoa mais experiente (adulto, criança mais velha ou com maior facilidade de aprendizado, etc.) (disponível em www.wikpiedia.org).
Vygotsky particulariza o processo de ensino e aprendizagem na expressão obuchenie, uma expressão própria da língua russa que coloca aquele que aprende e aquele que ensina numa relação interligada.
Contributo de Sócrates para as minhas aulas
Para Sócrates o professor apenas instrui/ ensina, não adiciona aprendizagem nos alunos, ou seja, eu como professora tenho de ser capaz de ensinar aos alunos, mas estes é que têm que adquirir e incorporar a aprendizagem que eu ensino. Para isso, eu como professora tenho de ser capaz de ensinar para que a retenção deles seja bem conseguida.
Eu ensino, os alunos aprendem, depois lapidam a aprendizagem, para posteriormente demonstrarem o seu conhecimento.
Contributo de Vygotsky para as minhas aulas
O contributo que este autor dá para eu leccionar é o fato de ter de ser capaz de ter um relacionamento positivo com os meus alunos.
Tudo o que aluno sabe, depende das aprendizagens que vêm para trás, pois é um ser humano logo é histórico e social.
Mas também tudo o que ele aprendeu é fruto de relações sociais, da convivência com a comunidade/ sociedade. Logo, eu tenho que ser capaz de fomentar a integração e posteriormente a socialização nas minhas aulas, para o aluno aprender e trabalhar cada vez mais e melhor.
O aluno só irá aprender se ambos tivermos uma boa relação, uma boa ligação, se realizarmos um trabalho em conjunto, se houver cooperação.
Confluente com isto ocorrera naturalmente o processo de ensino e aprendizagem