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TEORIAS E PROCESSOS DE APRENDIZAGEM
A inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planear, resolver problemas, abstrair de ideias, compreender ideias e linguagens e aprender.
Contudo, como debatido em sala de aula, não existe uma definição única e exclusiva para inteligência.
Tópico: Inteligência
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Teorias sobre a inteligência, memória e aprendizagem
Ao abordar esta matéria em sala de aula, vários autores foram focados, nomeadamente:
Francis Galton - criou o programa eugénico. Afira que a inteligência é uma capacidade cognitiva. Aborda também questões relacionadas com a hereditariedade.
James Cattell - foi o pai dos movimentos dos testes mentais nos E.U.A., nomeadamente:
- Força muscular
- Velocidade de movimento
- Sensibilidade à dor
-
Acuidade auditiva
- Descriminação de peso
- Tempo de reação
- Outras medidas semelhantes
Alfred Binet - criou uma escala para medir a “educabilidade das crianças”.
A escala de Binet-Simon é uma escala métrica que mede a inteligência. Surge pela primeira vez o conceito de idade mental.
Esta escala avalia o conhecimento e competências intelectuais:
- Conhecimento prático
- Memória
-
Raciocinio
- Vocabulário
- Resolução de problemas
Charles Spearman – defendia a teoria dos dois fatores (g e s).
Louis Thurstone – defendia a teoria dos 7 vetores:
- Compreensão verbal
- Fluência verbal
- Aptidão numérica
- Visualização espacial
- Memória
- Velocidade percetiva
- Raciocínio
Guildford – defendia a teoria do cubo, que possuía 180 elementos, que se relacionavam a partir de três categorias básicas do intelecto.
Sternberg - defendia o conceito de inteligência “triárquico” (tripartido): componente, estrutural e experiencial.
Gardner e as múltiplas inteligências (linguística, musical, lógico-matemática, espacial, quinestésica, interpessoal e intrapessoal).
Lewis Terman – reviu o teste de Binet e criou a escala Stanford-Binet.
David Wechsler – defendia que se deve atuar intencionalmente, pensar racionalmente e lidar eficazmente com o meio.
Todos estes autores deram o seu contributo no tema sobre a inteligência.
Lewis Terman
(1877 – 1956)
Psicólogo norte-americano, desenvolveu a sua atividade profissional na Universidade de Stanford.
Foi aí que começou a interessar-se pelo estudo das crianças sobredotadas, tendo realizado vários trabalhos sobre testes e escalas de inteligência.
Em 1916 publicou uma versão revista do teste Binet-Simon (concebida por Alfred Binet e Theodore Simon) que se passou a designar por Escala Stanford-Binet.
Uma característica inovadora do Stanford-Binet foi a inclusão do "Quociente de Inteligência", ou QI - índice que nunca havia sido usado em testes mentais. Embora houvesse várias versões, a revisão de Terman do teste de Binet teve a maior amostra padronizada e, na década de 1920, tornou-se a escala de inteligência mais amplamente utilizada.
O sucesso do Stanford-Binet trouxe a Terman a aclamação profissional.
Em 1917, desempenhou um papel chave no desenvolvimento de testes de inteligência para o exército. Estes testes foram em grande parte baseados no Stanford-Binet. Esses testes permitiram que um grande número de indivíduos pudessem sere testados ao mesmo tempo e, após a guerra, Terman tentou utilizar essa forma eficiente de administração de testes nas escolas.
Em colaboração com uma comissão de psicólogos que trabalharam nos testes do exército, ele desenvolveu o "Testes de Inteligência Nacional" para as classes 3-8, que estavam prontos para uso em 1920. Ao longo da década de 1920, ele desempenhou um papel preponderante no estabelecimento do uso generalizado de testes de inteligência para vários grupos nas escolas, para que os alunos pudessem ser classificados em grupos com capacidades homogéneas - sistema de rastreamento.
Esta prática educativa tornou-se bem estabelecida em escolas norte-americanas na década de 1930. Terman também foi um líder no desenvolvimento de testes de grupo, que avaliou a aprendizagem escolar. Ele colaborou na construção do Stanford Achievement Test, a sua primeira bateria de testes.
Terman via a adopção generalizada destes testes nas escolas como um reflexo de como o teste poderia ser de grande utilidade para a sociedade americana. Consistente com as opiniões de outros líderes do movimento americano de teste mental, Terman acreditava que as habilidades mentais eram principalmente um produto da hereditariedade. O propósito mais elevado que o teste poderia servir foi a identificação de crianças intelectualmente talentosas com potencial de líderes da sociedade.
De entre as suas obras pode-se destacar: The Measurement of Intelligence e The Gifted Child Grows Up.