Mini-teste
Sobre as autopercepções…
- O que são as autopercepções?
São a forma como o indivíduo percebe e atribui significados a si mesmo, construindo o seu auto-conceito, através do relacionamento com os outros e com o ambiente que o rodeia. São as avaliações que fazemos a nós próprios, referente à nossa personalidade, as características que atribuímos à nossa pessoa, baseando-nos na forma como nos percepcionamos, nos vemos.
Que interesse poderá ter para o professor de educação física?
As autopercepções podem ter muito interesse para o professor de educação física, visto que é através delas que acabamos por nos expressar, e mostrar a todos aqueles a quem nos dirigimos a forma como nos vemos e como nos percecionamos, podendo passar uma imagem positiva ou negativa.
Esta imagem que passamos vai influenciar a nossa atividade e depende exclusivamente de nós e da forma como nos deixamos influenciar pelos outros e pelo ambiente que nos rodeia.
É importante que o professor de educação física tenha uma percepção positiva de si. Deve-se se sentir motivado e competente para conseguir transmitir aos seus alunos uma boa imagem dele e da sua aula.
Que implicações para a prática?
As autopercepções são um aspeto que devemos ter em conta quando estivermos a exercer a nossa profissão como professores de educação física. Por um lado, o professor de educação física vai construir uma ideia sobre ele mesmo, e que vai evidentemente influenciar a forma como vai trabalhar, interagir e se direcionar com a turma. Se eu, como professora tiver uma auto-estima baixa, isso vai passar para os meus alunos, deixando muitas vezes uma imagem de alguém sem competência, influenciando e pondo em causa o meu trabalho.
Por outro lado, o professor também tem que saber lidar com as mais variadas autopercepções dos seus alunos, porque a probabilidade de um aluno não estar motivado para as aulas de educação física é muito grande, e cabe então ao professor, ajuda-lo, motivando-o para a sua prática, aumentando-lhe a sua auto-eficácia, que levará ao aumento da sua auto-competência e consequentemente da sua auto-estima. O professor tem que perceber qual a causa da desmotivação do aluno para poder auxiliá-lo, e mais uma vez, dependendo da autopercepção que o professor faz dele mesmo, vai conseguir ajudar melhor ou pior o seu aluno.
Sobre a “história da psicologia da educação”…
- Para mim, os melhores momentos das apresentações dos diferentes grupos foram…
Nesta temática da História da psicologia da educação, foram feitas 5 apresentações, todas elas bem estruturadas, e completas, no entanto na minha opinião houve uma que se destacou. Vou no entanto, fazer uma reflexão de cada uma pela sua ordem de apresentação.
O primeiro grupo tratou da história cronológica, tendo apresentado uma ideia muito original. Cada um dos elementos do grupo representava uma época, dissertando um texto referente à mesma, estando vestido de acordo com o contexto em que se inseriam.
No entanto, optaram por simultaneamente apresentarem um vídeo com imagens e frases, que desviavam a atenção dos principais intervenientes, ou seja, quem estava a assistir, nem se focava numa informação nem na outra, acabando por não se conseguir assimilar tudo. Foi também uma apresentação demasiado longa, o que fez com que a uma certa altura a nossa capacidade de concentração diminuísse.
O segundo grupo a apresentar o seu trabalho, falou sobre a psicologia da educação no período a.C., através de um powerpoint. Foi uma apresentação que na minha opinião foi exibida com muito texto, o que se torna massador. Contudo, apresentaram um vídeo sobre Platão que foi bastante motivador, quebrando a monotonia.
O tema seguinte foi a psicologia da educação até ao século XIX. Foi, tal como o trabalho anterior, apresentado através de um powerpoint, e foi uma trabalho bastante completo e sucinto.
A penúltima apresentação, foi referente à psicologia da educação no século XX, tendo sido para mim a que suscitou mais interesse. Este grupo conseguiu transmitir as ideias de uma forma muito original, criativa e interessante.
O grupo simulou um congresso, em que cada aluno interpretou um autor da época, transmitindo as suas ideias. Foi a melhor forma que podiam ter escolhido para nos transmitir a informação, porque conseguiram cativar a atenção de todos.
Saliento o facto de cada aluno, além de se fazer passar pela sua personagem, usava uma máscara com a cara do seu autor, alguns tentavam usar uma linguagem que os identificassem, e houve até mesmo quem levasse um tradutor para que parecesse mais realista.
Foi sem dúvida o trabalho que melhor conseguiu atingir o objetivo que se pretendia e de uma forma extraordinária.
Por fim, o ultimo trabalho a ser apresentado, era referente à psicologia da educação em Portugal. Foi tal como outros, apresentado através de uma apresentação em powerpoint, e estava bastante completo e muito bem estruturado.
Em suma, penso que todos os trabalhos foram bem conseguidos, fazendo de todos eles, um balanço positivo.
- Sobre as implicações para a prática, em síntese, retirei o seguinte que penso que poderei utilizar enquanto professor…
De entre as cinco apresentações, vários autores e respetivas contribuições foram mencionadas, e cada um com a sua importância. Contudo, irei mencionar apenas aqueles que para mim, mais irão influenciar/contribuir enquanto professor.
Quintiliano defendia a ideia de que as crianças deveriam ser tratadas individualmente, vistas como cada criança, um ser diferente e por isso deveriam ser adotados diferentes modos de ensino para cada uma delas. Só assim alcançaríamos o melhor de cada um. Seguindo esta ordem de ideias, eu, enquanto professora irei adaptar as minhas aulas, os meus métodos de ensino, os níveis de aprendizagem, a cada aluno, dependendo da individualidade de cada um para que assim, possa contribuir para um melhor desenvolvimento e performance.
Também Jean Piaget, terá o seu contributo nas minhas aulas, através da teoria do construtivismo. Ou seja, a criança vai aprender se assimilar a informação que lhe for transmitida, isto é, não podemos esperar que uma criança aprenda o que ela ainda não tem condições para compreender e que ela não se vai interessar. Cada criança irá construir o seu conhecimento adaptando as suas capacidades ao meio.
Para Piaget, conhecer é agir e transformar os objectos. O processo de conhecimento é o processo de construção de estruturas.
Como professora, posso proporcionar um meio que influencie a motivação do meu aluno em querer construir o seu conhecimento, assimilando as novas informações que lhe forem dadas.
Tenho que provocar a atividade, estimulando a procura do conhecimento, não pensando no que o meu aluno é, mas sim no que se pode tornar.
Estes foram para mim, os autores que mais se destacaram, e que num futuro próximo me irão ajudar a lecionar as minhas aulas. De qualquer forma, todos eles de um modo geral, contribuem para a educação, sendo que uns possam ser mais úteis que outros, dependendo do contexto.
Sobre o professor inclusivo, promotor de saúde e que quer desenvolver positivamente os seus alunos…
- Define por palavras tuas que caraterísticas deverá ter o professor acima indicado.
Um professor inclusivo, promotor de saúde e que quer desenvolver positivamente os seus alunos, é aquele professor que consegue integrar todos os alunos, quer com necessidades especiais ou não, adaptando os seus métodos de ensino a todos eles, não pondo ninguém de parte; é aquele que estimula os seus alunos para a prática da educação física, demonstrando-lhes o benefício da mesma para a saúde deles. É o professor que procura fazer ver aos alunos o desporto como sinónimo de promoção de saúde; é aquele professor que elabora um conjunto de estratégias que ajudem na orientação da juventude numa transição bem sucedida para idade adulta, através do desporto. É o professor que dá aos jovens um papel significativo, aumentando as suas sensações de pertença, promovendo relações mais profundas com a equipa de adultos e com os outros participantes.
- Elenca algumas das estratégias que podem/devem ser usadas por esse professor na sua intervenção.
Um professor com estas características deve utilizar como estratégias:
· Adaptar o currículo, para que este responda às variadas necessidades individuais dos alunos.
· Promover a colaboração entre alunos, professores, pais, comunidade educativa.
· Colaboração de pessoas especializadas para alunos com necessidades especiais.
· Promover a saúde através do desporto.
· Realizar exercícios, circuitos que motivem a realização de exercício físico.
· Realizar palestras que demonstrem o benefício da atividade física, e o quanto certas substâncias e alimentos prejudicam a saúde.
· Promover jogos de equipa com regras implícitas.
· Criar relações de apoio entre os jovens e um adulto significativo
· Oportunidades de êxito com direito a errar
· Dar oportunidade de participação a todos
· Promover trabalho a pares
· Linguagem positiva (não sarcástica)