Circuito inclusivo
Reflexão
Este é um exemplo de uma aula de circuito inclusivo que pode ser utilizada nas nossas aulas de educação física.
Podem ser utilizados outro tipo de jogos, com outros objetivos e, também os papeis a serem representados pode ser outros (para além de invisuais e surdos).
Este tipo de aula promove a densidade motora e o dinamismo, em que nenhum aluno está parado. Promove também a dinâmica de grupo, obriga a responsabilidade por parte dos alunos (obrigatório conhecer e cumprir as regras), obriga a autonomia e permite o seu funcionamento em espaços pequenos.
A aula prática em que abordamos a educação inclusiva, foi na minha opinião a aula que mais gostei, que mais aprendi e que de facto me suscitou mais interesse. Foi uma aula em que trabalhamos em grupo, aumentando a nossa interação, tornando-nos num grupo mais coeso.
Relativamente à minha postura durante a aula, não vai de encontro à minha opinião final da mesma. Isto porque apesar de estar interessada no desenvolvimento das atividades, penso que não dei o meu melhor, e podia-me ter esforçado mais. Exemplo disso, foi quando tive que fazer o papel de muda, em que por vezes falava, não que fosse por mal, mas era bastante difícil passar por esta situação. No entanto, o balanço que faço relativamente à minha participação é positivo.
Esta foi uma aula muito rica em sensações, devido à diversidade de papéis pelos quais passamos. Para mim, o papel de cego, foi sem dúvida o pior pelo qual podia ter passado. É realmente desesperante querer ver e não poder, e em simultâneo sentirmo-nos à parte por termos uma incapacidade. Esta situação aconteceu num jogo em que eu não tive qualquer importância na resolução do problema em questão, tendo sido de certa forma ignorada. No entanto tive sempre acompanhada por uma colega, não tendo sido esquecida.
Quando passei pelo papel de muda, não tive o mesmo problema que no papel anterior, porque a atividade em que participamos neste caso, foi de caráter livre, e desta forma não tínhamos necessariamente que interagir com o restante grupo. No entanto, o objetivo da atividade incidia obviamente numa atividade livre de grupo e que promovesse a união do mesmo. Este papel foi dificultado pelo facto de estarmos habituados a falar devido a ser esta a nossa forma de expressão no nosso dia-a-dia, e de um momento para o outro, estar impedida de falar é muito complicado, porque havia alturas em que inconscientemente o fazia.
O papel de ajudante foi para mim, o mais fácil de interpretar, não querendo com isto dizer que era o que necessitava de menos empenho, até pelo contrário. É necessário estar atento às pessoas com necessidades especiais, auxiliando-as sempre que necessário. Quando passei por este papel, penso que o realizei com sucesso, não havendo, na minha opinião, grandes aspetos a melhorar, contrariamente ao anterior (papel de muda).
Em relação às minhas atitudes, penso que variavam entre atitudes passivas e assertivas em função do papel que vinha a desempenhar. Quando passava por papéis de pessoa como necessidades especiais, tinha uma atitude passiva, em que demonstrava alguma insegurança na minha função, dificuldade em expressar-me e em pouco ou nada dava a minha opinião, enquanto que, quando passei pelo papel de ajudante, tive uma atitude assertiva, demonstrando respeito pelos outros, ouvindo-os com atenção, serenidade, entre outras características. Justifico o meu comportamento, referindo que se deve ao facto de em relação ao papel de ajudante estar um pouco mais segura naquilo que estava a fazer, visto que é um papel que se aproxima mais da minha realidade. Pelo contrário, quando tinha uma atitude passiva, era em papéis em que no meu quotidiano não tenho que realizar.
Para finalizar, refiro como já o constatei antes, mas que foi alvo de reflexão para muitos dos alunos, o facto de o meu papel como ajudante ter sido realizado com sucesso. Muitas das vezes, as pessoas com necessidades especiais eram esquecidas, e eu passei por essa situação como também já referi, mas pessoalmente, acho que não cometi esse erro, o que me deixa satisfeita com a minha prestação, fazendo desta forma um balanço positivo do meu trabalho nesta aula.