1º Momento
CARATERIZAÇÃO DO PRIMEIRO MOMENTO
Aspectos positivos:
- Professor deve-se apresentar á turma;
- Deve ter boa apresentação (vestuário e higiene pessoal) e adoptar uma postura adequada (olhar, gestos) com um discurso confiante e seguro (tom de voz);
- O Professor deve comunicar de forma clara e sintetizada, devidamente adequada a faixa etária dos alunos;
- Professor deve antecipadamente preparar a aula do 1º momento e destacar os principais pontos que deve referir;
- Deve expor conteúdos e regras realçando as mais importantes para que se cumpram durante o ano;
- Professor deve evitar repreender os alunos no 1º momento, mas não deixando de ser disciplinador;
- Deve privilegiar atitudes que promovam interacção e dinâmica entre aluno -professor e aluno - aluno, de forma a possibilitar novos canais de comunicação;
- Deve optar por um discurso que sirva como um factor extra de motivação para os alunos.
Aspectos negativos:
- Professor ao tomar atitude branda pode reflectir-se num comportamento abusivo por parte dos alunos;
- Se o professor for muito severo, os alunos podem ficar retraídos daqui para a frente, diminuindo a sua participação na aula e o consequente rendimento;
- Professor pode causar má impressão nos alunos (Vestuário, Higiene);
- Dificuldade na recepção da mensagem/conteúdo;
- Professor demonstra insegurança e instabilidade na comunicação e no decorrer das próximas aulas;
- O professor no primeiro momento está sujeito a olhares e julgamentos superficiais;
- O professor deverá ter atenção à rotulagem, aos estereótipos e aos preconceitos.
ORGANIZAÇÃO DO PRIMEIRO MOMENTO
De modo a acentuar os aspectos mais positivos do primeiro momento e a atenuar os aspectos negativos, estamos de acordo com as seguintes etapas a seguir:
- Apresentação do professor à turma;
- Apresentação da disciplina (objectivos, conteúdos programáticos e metodologias de avaliação);
- Estipular regras e normas de conduta a cumprir ao longo das aulas, em cooperação com os alunos;
- Apresentação dos alunos (nome, idade, preferências pessoais, hobbies, etc.), onde está implícita a realização da actividade;
- Reflexão dos alunos sobre o professor e quais as suas perspectivas futuras relativas à disciplina (o que acham do professor, o que pensam que vão encontrar/abordar na disciplina).
ATIVIDADE FAVORÁVEL AO PRIMEIRO MOMENTO
“Bola Curiosa”
População-alvo: turma do 3º ciclo do Ensino Básico
Nº de alunos: 20 a 25
Duração: 10/15min
Objectivos: - Possibilitar a apresentação;
- Proporcionar a comunicação;
- Iniciar a integração do grupo.
Descrição
Numa primeira fase, os alunos vão passando a bola para o colega do lado, após se identificarem (nome, qualidade e desporto favorito). Quando a bola regressar ao primeiro elemento dá-se início à segunda fase, passando a bola a um outro qualquer elemento, desde que não seja o seu colega do lado, nem a última pessoa que lhe passou a bola. Após receber a bola, o aluno deve enunciar as características de que efectuou o passe e, posteriormente, passar a bola a um novo colega.
Penalizações
Sempre que um aluno erra nas características do colega que lhe passou a bola, deverá sentar-se e passar a bola a outro elemento. Caso este novo elemento erre nas suas características, o sujeito sentado levanta-se e continua em jogo. Se acertar, o sujeito permanece sentado e fora de jogo.
Organização
- Os alunos dispõem-se em círculo, em bípede estação.
- Um dos alunos possui uma bola.
Material:
- Bola adequada à faixa etária.
REFLEXÕES SOBRE A ATIVIDADE - 1º MOMENTO
De uma forma geral, pensamos que todas as atividades estavam bem planeadas e estruturadas e foram bem organizadas, não havendo grandes comentários a fazer.
Mesmo assim, de um ponto de vista geral, apresentamos de seguida pontos positivos e negativos a salientar em cada um dos grupos.
Grupo do Ananás:
“A teia do conhecimento”.
De salientar primeiramente que este grupo não referiu qual seria a faixa etária em questão, alegando que nós (alunos da turma) iríamos fazer o jogo, contudo disse a forma como havia de adequar o jogo nas escolas.
Foi um jogo de apresentação que apelava também a capacidade de memória dos alunos, pois iriam ter que repetir o que os colegas de grupo diziam a medida que passavam o novelo.
Dois aspectos que queremos salientar para tornar a atividade mais dinâmica e produtiva são:
1. O facto do novelo ter acabado antes de chegar a todos os elementos da turma. Esta é uma situação que pode ser sempre resolvida se previrmos estas situações, nomeadamente, podiam trazer outro novelo.
2. Podiam criar regras para o jogo ser mais competitivo, ou seja, por exemplo, quem errasse o que tinha de dizer saía do jogo.
De resto, não temos mais nada a apontar e o jogo foi bem conseguido (apesar das limitações do material).
Grupo das Uvas
“Jogo dos cartões”
Esta equipa não especificou o escalão etário ao qual o jogo era dedicado.
Foi um jogo de apresentação, mas que também serviu de conhecimento, uma vez que se usava provérbios.
Permitiu também a interação com as pessoas, na medida em que tínhamos que procurar a pessoa que completava o nosso provérbio.
O jogo estava bem estruturado e era um bom jogo temático.
De salientar apenas, que neste jogo o nosso provérbio poderia ser completo com uma pessoa que já conhecíamos, contudo, pensamos não haver forma de combater isso.
Grupo das Maças
“Declaro Guerra”
Esta equipa também não especificou o escalão etário dos intervenientes do jogo.
Este é um jogo muito interativo e divertido. Contudo, temos um apontamento a fazer: neste jogo nem todos os elementos da turma podem-se apresentar, o que não é esse o propósito do jogo, visto ser uma apresentação. Ou seja, o grupo em questão poderia colocar um observador na turma para verificar quem ainda não tinha ido apresentar-se e, assumir a posição de locutor e dizer uma característica única dessa pessoa, para que esta também se apresentasse. Isto é uma ideia, podendo haver mais ideias para combater esta situação.
Grupo das laranjas
“Jogo do conhecimento”
Este grupo apresentou o jogo dizendo que era dirigido a alunos do segundo e terceiro ciclo do ensino básico e também ensino secundário. Não era dirigido ao 1º ciclo devido à escrita.
O jogo era engraçado e pedia a interação entre alunos.
Contudo, as regras de jogo não foram esclarecedoras e os elementos do grupo tinham discursos contraditórios, o que se verificou no momento do jogo, em que alguns alunos tiveram dúvidas se era ou não assim que deveriam fazer.
Grupo das castanhas - o nosso
“Bola curiosa”
Era um jogo de apresentação, que apelava à memória do aluno e atenção. Era destinado a alunos do 7 ano de escolaridade.
Primeiramente, no momento da apresentação houve um momento em que dizemos “consiste em pôr de pé,” ou seja, todos os alunos da turma se levantaram antes de terminar a explicação. Antes de apresentarmos qualquer jogo temos de pensar nas expressões chave e no momento certo para as dizer.
De resto a apresentação foi boa, pois apresentamos a primeira parte do jogo no momento correspondente a este, e a segunda igual, permitindo assim, percebe-lo melhor e não fornecer demasiada informação de forma consecutiva.
Apontamos que, apesar do jogo ser um desafio, não esclarecemos esse pormenor, logo a participação dos alunos não foi tão calorosa, nem dinâmica.
Também a este jogo, como qualquer outro, podemos incutir ou retirar regras para que o objectivo seja conseguido e de modo a que os alunos participem nele de forma ativa.
Em jeito de conclusão, queremos apenas dizer que estas são actividades para o 1º momento e muitas delas são uma forma de apresentação, mas também a estas actividades podem-se juntar parâmetros de desenvolvimento de outras capacidades de acordo com a faixa etária em questão, nomeadamente, a memória, a atenção, entre outras coisas (alguns grupos de forma propositada ou não fizeram isso). Ou seja, podemos realizar actividades com um objectivo geral, mas também juntar objectivos secundários a sua prática.